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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Desanúvio

Acordei. Senti meus pés tocarem o chão frio de madeira. Prenchi o vazio com lembranças daquele moço que há pouco se mudou de coração. Vagabundo que acorda no meio termo da tarde.
Preparo o café pra acompanhar o vício.
Sentei em frente à tela que exibia cores e formas comuns para tecer a manhã nublada.
Chove. Fumo aqui dentro e a fumaça corre janela a fora filtrando o desespero que não demora a transformar-se em angústia.
Me vi perdida diante de seus sinais bagunçados, disfarçados... Embora quisessem dizer algo, eu não lia nada.


Então, como você está hoje? Procurei por um aval e encontro você imerso em carinho e interesse de outros corpos que não o meu. Corpos dispostos a te guardar.
Não encontro razão para reagir e interferir nessa travessia imbecil em meio a passos vazios


Uma noite sonhei contigo, sofri sonhando. Saí de mim, sonhando. Sobrevivi, acordada, afinal.


No dia em que a alimentação estava sensacionalmente torta e o sono mal dormido, eu te atndi indiretamente.
Contra minha vontade, te senti sereno me contando seus planos, seus novos amores... Citou um texto, algo para eu ler e de sua autoria.


Curioso, quis saer o que acontecia de tão especial nos sonhos que tive.
Impaciente, questionava o porquê de tanta cautela ao falar de sonhos.
Mal educado, aceitou meu silêncio.
Indefinido, pediu para que aguardasse suas palavras premeditadas.
Breve, despediu-se.


Sem fome, sem sono e desgastada encontrei refúgio bem alí, em cikma da mesa. Uma caneta e um caderno com folhas sem pauta. Fiz deles meus irmãos.


Escrevi para vocês o conflito interno de alguém que pretende desistir...

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